terça-feira, 13 de julho de 2010

Multinacionais disputam criadores de aplicativos

Multinacionais disputam criadores de aplicativos

Empresas japonesas miram pobres do mundo emergente

Empresas japonesas miram pobres do mundo emergente

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Meu Curriculum Vitae - My Résumé

Para visualizá-lo acesse o link abaixo:

To view it, please access the link bellow:

http://www.visualcv.com/jrbnkqp

O seu chefe mente! (melhor do que você…)



Sabe quando alguém te conta uma história mas aquilo soa estranho? Ou então por alguma razão você não engoliu aquela desculpa do seu colega por ter faltado no batizado do seu filho? Você já sentiu isso com seu chefe?
Pois é, você está percebendo dicas não verbais relacionadas a mentira. Mesmo que essa percepção não seja voluntária ou consciente, ela está lá. Seu cérebro vive procurando significado e qualquer coisa que saia um pouco do esperado… pimba! ele dá um sinal de que algo está estranho…
Um polígrafo, o famoso “detector de mentiras” funciona assim. ele busca pistas corporais muito sutis para dizer se uma pessoa está mesmo dizendo a verdade ou não.
você pode dizer- Isso eu já sei. Aprendi tudo no curso de PNL que eu fiz o ano passado.
Lamento (leia-se: eu adoro) acabar com sua alegria mas seu suado dinheirinho serviu apenas para você seguir a direção dos olhos, ficar igual a um macaquinho imitador e brincar de hipnotizador. Coisas que fora do ambiente do curso você nunca mais usou ou conseguiu reproduzir com tanta acuidade e mesmo assim continua contando vantagem pros outros sobre a mágica do rarghpport. (mas isso é história para outro post)
Estou falando de pistas realmente sutis como a quantidade de cortisol na saliva, diminuição da capacidade cognitiva, aumento da condutividade na pele, dilatação de pupilas, microexpressões, tiques de ombro, eticetera e tals.
Foi monitorando essas pistas sutis que Dana Carney, uma pesquisadora da universidade Columbia, fez uma descoberta pra lá de interessante.
A pesquisa era muito simples: Pediram aos voluntários que pagassem os salários de alguns funcionários e lhes foi orientado a pegar par si 100 dólares de cada pagamento e dizer ao funcionário que eles nada sabiam sobre a falta do valor, se a mentira fosse convincente eles poderiam ficar com o dinheiro.
Monitorando justamente as variáveis que falei antes (condutividade, cortisol, eticetera e tals), Dana concluiu que as pessoas com algum tipo de poder percebido emitiam os mesmos sinais daquelas que diziam a verdade.
Trocando em míudos: Os chefes mentem sem deixar sinais de que o fazem!
- Ah, Isso é mentira… (diria um leitor que não é chefe…)
Não. É a mais pura verdade. Quando mentimos tentamos suprimir uma série de movimentos internos emocionais e fisiológicos que acabam por detonar uma série de outras pistas que nem imaginamos que fazemos. É justamente ai que entra em cartaz as pistas não verbais, fruto de nossa tentativa de não sermos pegos na mentira.
Pelo que se viu parece que as pessoas que percebem um grau de poder sobre outras sentem menos aversão a correr riscos, como serem pegos em uma mentira por exemplo, o que os faz ficar mais a vontade e não emitir os sinais naturais de mentira. Parece que o estado “mentiroso” não os incomoda a ponto de emitirem sinais disso.
O pior não é isso. A maioria das pessoas consegue pescar uma mentira em mais ou menos 55% das vezes o que é um resultado apenas um pouco acima de um simples chute.
Ou seja, além de os chefes serem melhores na arte de mentir, nós somos piores na arte de descobrir uma mentira!!!! (já é o sexto parágrafo que termina com a palavra “mentira”)
Para descobrir se seu chefe, namorada, marido, colega de trabalho, “personau treiner” ou seja lá quem for está mentindo aguarde o próximo post. (isso pode ser uma mentira igual a do sexto parágrafo terminado em mentira…)
Você já foi pego em alguma mentira? Já pegou alguém mentindo?
Conta pra gente vaaaaiiii… Nem que seja mentira!!!

Especial etiqueta online: as redes certas para procurar emprego

por Tagil de Oliveira Ramos | especial para IT Web
28/06/2010

O relacionamento numa rede social ajuda a abrir portas, mas um simples post infeliz pode pôr tudo a perder

Nenhum recrutador, em sã consciência, acumularia sobre sua mesa uma pilha de currículos impressos, mas sua caixa postal já está atulhada de informações de candidatos.
Da mesma forma, não se pode pensar em um profissional de RH perdendo tempo em redes sociais à busca do "profissional de ouro". Certo? Errado. Cada vez mais, os recrutadores estão de olho no ambiente 2.0. No entanto, a garimpagem não é feita de forma aleatória.
Há redes sociais em que o trabalho é concentrado. A maioria dos caçadores de talentos concluiu, por exemplo, que o Orkut não é um bom ambiente para suas atividades. A concentração fica em redes mais sérias e nas quais o profissionalismo é o tema central. "Usamos apenas o LinkedIn na hora de pesquisar currículos", explica Patrícia Epperlein, sócia-diretora geral da Mariaca. "Há muito ruído nas outras redes". Traduzindo: para quem deseja ser visto com o objetivo de contratação deve ir aonde os profissionais de RH concentram suas forças.
Isso não quer dizer que você fique descuidado a respeito do que escreve em outras redes sociais. Lembre-se sempre de que, em um processo seletivo, a disputa é acirrada. Indeciso entre dois candidatos, o recrutador pode resolver fuçar no seu perfil pessoal do Twitter, por exemplo. Vamos supor que você tenha escrito naquele dia uma frase cheia de preconceitos. Você deve concordar que isso não contará pontos positivos.
Menos privacidade
O espaço para a privacidade está cada vez menor. Por isso, os próprios profissionais de RH recomendam o máximo cuidado com o que se escreve nos perfis da Web 2.0. Há casos em que pessoas perderam o emprego porque postaram mensagens impróprias.
O assunto se tornou tão sério que muito profissionais estão procurando cursos especializados para entender como reagir num ambiente 2.0. Ele é tema de um curso de marketing pessoal da Miyashita Consulting, no início de junho. "Ensinamos os alunos a desenvolverem a competência do relacionamento, que sempre foi tratada como questão consequente e natural do desenvolvimento da carreira", explica Marcelo Miyashita, consultor-líder e palestrante da Miyashita Consulting.
Segundo ele, essa competência pode ser otimizada, utilizando-se das mesmas técnicas de marketing, gestão e relacionamento que as organizações utilizam para seus negócios.
Com a Web 2.0, a questão do relacionamento tem muitas consequências. Um relacionamento virtual, por exemplo, pode ser sim uma alavanca para carreira, refletindo na imagem e até definindo o fechamento de negócios. Ao mesmo tempo, um comentário infeliz postado sem pensar pode colocar tudo a perder.

A Competição – Para refletir ...

Reza a lenda que, em 1994 houve uma competição entre as equipes de remo do Brasil e do Japão. Logo no início da competição, a equipe japonesa começou a distanciar-se e completou o percurso rapidamente. A equipe brasileira chegou à meta com uma hora de atraso.

De volta ao Brasil, o Comitê Executivo se reuniu para avaliar as causas do tão desastroso e imprevisto resultado e concluiu:

1. A equipe japonesa era formada por um Chefe de Equipe e 10 remadores.
2. A equipe brasileira era formada por um remador e 10 Chefes de Equipe.

A decisão passou para a esfera do Planejamento Estratégico com vistas a realizar uma séria reestruturação da equipe para o ano seguinte.

Em 1995, logo após a largada da competição, a equipe japonesa logo distanciou-se e, desta vez, a equipe brasileira chegou à meta com duas horas de atraso. Uma nova análise das causas do fracasso mostrou os seguintes resultados:

1)A equipe japonesa continuava com um Chefe de Equipe e 10 remadores.
2)A equipe brasileira, após as mudanças introduzidas pelo pessoal do Planejamento Estratégico, era formada por:
- Um Chefe de Equipe
- Dois Assessores de Chefia
- Sete Chefes de Departamento
- Um remador


A conclusão do Comitê que analisou as causas do novo fracasso foi unânime:
O REMADOR é um INCOMPETENTE.

Em 1996, uma nova oportunidade de competir com os japoneses se apresentou. O Departamento de Tecnologia e Negócios do Brasil pôs em prática um plano destinado a melhorar a produtividade da equipe, com a introdução de mudanças baseadas na nova Tecnologia e que, sem dúvida nenhuma, produziria aumentos significativos de eficiência e eficácia. Os pontos principais das mudanças eram o “resizing” e o “turn-around” e, sem dúvida, os brasileiros humilhariam os japoneses. O resultado foi catastrófico, e a equipe brasileira chegou à meta três horas depois dos japoneses !!!

As conclusões revelaram resultados aterradores:

1)Mantendo sua tradição, a equipe japonesa era formada por um Chefe de equipe e 10 remadores;
2)A equipe brasileira, por sua vez, utilizou uma formação vanguardista, integrada por:
- Um Chefe de Equipe
- Dois Auditores de Qualidade Total
- Um Assessor especializado em “Empowerment”
- Um Supervisor de “Downsizing”
- Um Analista de Procedimentos
- Um Tecnologista
- Um “Controller”
- Um Chefe de Departamento
- Um Controlador de Tempo
- Um remador


Depois de vários dias de reunião e análise da situação, o Comitê decidiu castigar o remador e, para isto, aboliu “todos os benefícios e incentivos em função do fracasso alcançado”.

Na reunião de encerramento, o Comitê, fortalecido com a presença dos principais acionistas, decidiu: “Vamos contratar um novo remador, mas utilizando um contrato de Prestação de Serviços de Terceiros, sem vínculos trabalhistas, para não termos que lidar com o sindicato que, sem dúvida nenhuma, degradam a eficiência e produtividade dos recursos humanos”.

When Bad Job Searches Happen to Good Candidates Ten Common Mistakes Made by Job Seekers


By Laura Gassner Otting, President, Nonprofit Professionals Advisory Group

Each job seeker who comes to me in need of résumé editing or job search counseling is unique. Each has had a different career and each carries individual goals for the future. That being said, many of them make the same mistakes on their cover letters and résumés as they travel the job search highway.
Here are the ten most common mistakes I encounter:


1.    "Insert Job Here": Most job seekers are looking broadly at any available position that fits within their interests and skills set. Therefore, they send out undirected résumés and, even worse, form cover letters differentiated only by the value in the "insert job here" space. Spend a few extra minutes to learn about the organization, and personalize your letter and resume reflecting what makes your candidacy special.
2.    Read and Follow Directions: Does the application call for a writing sample and a salary history? Are you being instructed to mail by post all materials, or would the organization like applications submitted electronically? Job description writers pay to advertise specific directions for a reason. Follow them.
3.    Think About the Message You Send: Rehearse the voice mail message you plan to leave. Consider a more serious e-mail address. Does your home voice mail play strange music or have a silly outgoing message? Is your résumé printed on purple paper? All of these things factor into a headhunter's first, and indelible, impression.
4.    A Poor Résumé: Too many résumés cross my desk and end up in the trash can. The really good ones grab my attention and get read, and even better, get forwarded onto a hiring committee. The really bad ones list tasks and skills, rather than accomplishments and results. Stop writing about your hobbies; start writing about the change you brought to an organization and the constituency it serves.
5.    Spell Check: Nine out of ten résumés I have seen claiming that the applicant is "detail oriented" have a typo on it somewhere. Some of these typos are tricky, like extra spaces and missing hyphens. Others, sadly, are not. Don't forget to look over headers and addresses, even your name – several weeks ago I consulted with a Phylllis who had just sent out a hundred résumés in a mass mailing – for pesky mistakes.
6.    Dream, Within Reason: If I've seen your resume cross my desk for jobs way out of your range, I won't be inclined to believe your interest or fit when you apply for something perfect. Of course you can move into increasingly senior positions – I spend all day every day helping job seekers do exactly that – just don't try to skip too many steps up the ladder or you might become the boy who cried wolf.
7.    Know Your Weaknesses: I am always willing to consider imperfect candidates. No candidate ever has everything the search committee wants. I'm never inclined, however, to consider applicants who are imperfect but think they are the best thing going. If you are missing a key skill or some years of experience, own the weakness, but then describe how your other skills and experiences will help you compensate or catch up quickly.
8.    Curiosity is Key: Nothing saddens me more than a candidate who seems ideal at first, but then asks me no questions about the organization I am representing. If they aren't curious about the position or the group, then I begin to second guess whether they are really the right fit. Once a hiring manager's excitement is dampened, it's hard to get it back. Note: questions based on the salary or benefits do not count.
9.    Thank You Notes: Call me old fashioned, call me a prig. I like thank you notes. Thank you letters are the perfect opportunity to remind your interviewer why you should be hired, or for you to insert into the equation a key fact that you forgot to mention when you met. These letters are so uncommon, sadly, that candidates who thank me for spending time with them stand out in my mind. I become more attached to them, I campaign for them more vigorously, and they get hired more often.
10. Get a Second Opinion: Send your résumé to a friend, a colleague, a mentor or a résumé professional who can give you an outside perspective. Often, job seekers think that they have been exceptionally unambiguous about their proudest career moments when, in fact, their résumés are unclear to anyone who wasn't sharing the same conference room. An outside pair of eyes will shed light on your résumés' strengths and weaknesses, and help your materials shine. 

Você sabe fazer Networking?



     Aprenda a cultivar e utilizar a rede de relacionamentos em sua vida e na carreira em busca de recolocação profissional ou na venda de serviços...
  
  Como orientador profissional de carreiras, escrever tornou-se, para min, uma maneira prazerosa de compartilhar com um número maior de pessoas aquilo que ponho em prática em meu benefício e no de meus assessorados em outplacement. Por isso, tudo o que lerá a seguir, de forma simples e até óbvia, é o resultado direto daquilo que sou como pessoa e pratico como profissional.

O mercado de trabalho está realmente muito mais competitivo, exigente e excludente neste início do século XXI, e quem estava habituado a ser alvo da "caça" de headhunters agora tem de tornar-se "caçador". No entanto, para entrar na selva e sobreviver, é preciso estar bem "armado". Com as recentes transformações das regras do jogo do mercado de trabalho, os profissionais correm o risco de precisar procurar um novo emprego em circunstâncias cada vez mais difíceis.

Empregabilidade: A rede de proteção

Atualmente, não basta mais ser competente é fundamental que o profissional saiba manter suas condições de empregabilidade. O primeiro livro que lancei, em 1995, Empregabilidade - Como ter trabalho e remuneração sempre, já tratava detalhadamente das questões relacionadas ao novo cenário do mercado de trabalho. Lá estão explicados os seis pilares que sustentam a carreira de um profissional: adequação vocacional, competência profissional, idoneidade, saúde física e mental, reserva financeira e fontes alternativas de trabalho, renda e networking (relacionamentos).
Um dos pilares da empregabilidade, que reputo muito importante, é o networking. Tenho convicção de que a rede de relacionamentos humanos é agora a ferramenta mais eficaz para proporcionar aos profissionais acesso a informação e a oportunidades no mercado de trabalho. Assim, mostrarei a você como manter sua rede de proteção sempre pronta para funcionar.

Oportunidades de trabalho

Embora existam muitos riscos e obstáculos no mercado de trabalho, existem também muitas oportunidades e possibilidades. As principais fontes, hoje, são as organizações de menor porte, as que estão iniciando suas operações e as de gestão familiar, que passam por processos de profissionalização. São empresas emergentes, que atendem a nichos de mercado, recebem por meio da terceirização parte das atividades das grandes organizações ou ocupam espaços no mercado deixados pelos grandes por não ter escala de produção. Muitas dessas empresas estão localizadas fora das principais capitais do país.
Por se encontrar principalmente dentro das pequenas e médias empresas, no entanto, esses novos empregos estão pulverizados, o que dificulta sua busca. É maneira subterrânea, invisível. Existem, entretanto, muitas ferramentas que podem ser usadas para "garimpá-las", e a principal delas é o networking.

Navegando na rede

Como a humanidade vive em rede, navegando, nela você pode aproximar-se de qualquer pessoa, por mais distante que ela esteja. A aproximação do alvo ocorre por meio do amigo, do conhecido do amigo - indefinidamente, até atingir quem você precisa contratar. Às vezes parece difícil perceber a existência da rede universal de relacionamentos humanos porque, a partir do segundo ou terceiro vínculo, ela se torna virtual.
Mas por intermédio da rede você pode encontrar até quem lhe parece inacessível.
Vamos supor que precise falar com o presidente da República. Parece impossível? Pois eu asseguro que impossível não é. Por mais poderoso, por mais distante, ninguém está isolado. Com aproximações sucessivas pela rede, pode-se chegar a qualquer pessoa.

Se seu alvo é o atual presidente, antes de qualquer coisa, coloque-o no centro de uma constelação de conexões humanas e ligue os elos seguindo este raciocínio: ele é casado, tem filhos que estudam ou estudaram em alguma universidade. Ele próprio tem ex-colegas que - por enquanto - desconhecemos. Mas tem também amigos, alfaiate, dentista, ministros, assistentes, assessores. Há uma constelação enorme de pessoas em torno dele. Alguns nomes aparecem imediatamente, outros precisam ser pesquisados. Onde?
Em primeiro lugar, na própria rede. Alguém tem ou conhece quem tenha uma conexão humana útil para viabilizar essa aproximação?

Como todo o mundo está dentro de uma única rede com múltiplas conexões, isso possibilita a navegabilidade de elo para chegar a onde é preciso. Dá trabalho, exige paciência, concentração e requer a descoberta do caminho acessível. Existem sempre várias possibilidades e assim, às vezes a gente percorre alguns descaminhos até encontrar o caminho adequado. Mas tudo fica mais fácil quando já se obtém em mente o objeto, o alvo.

Capital Social

Todos nós possuímos um conjunto de capitais: o intelectual, o profissional, o moral, a saúde, o financeiro e o social. Conheço uma pessoa que afirma: "Enquanto eu tiver saúde e inteligência, posso trabalhar e ter um bom desempenho para assegurar meu sustento e minha tranqüilidade financeira". É verdade.

Essa pessoa tem confiança em sua capacidade de fazer bom uso de vários de seus capitais, mas esquece de acrescentar a essa frase de efeito o capital social.
Se não tiver uma rede de relacionamento bem cultivada, será menos provável que alguém lhe ofereça uma oportunidade de emprego ou um contato de trabalho. E de que adiantarão, então, os outros capitais que ela possui?

Nossos relacionamentos são um capital muito importante, mas costumamos ser descuidados e desorganizados com ele. Ninguém joga fora dinheiro muito menos bens móveis, mas desperdiça - diariamente - o bem humano. Em várias situações ou emergências, a rede de relacionamento pode ser mais eficaz para resolver um problema do que o capital financeiro.
Com dinheiro você compra quase todos os serviços e produtos de que precisa, mas há muita coisa que o dinheiro não compra, e é nessas situações que o capital social é decisivo. Por exemplo: afora as exceções da vida social e as deturpações de comportamento, o dinheiro não compra amizade, solidariedade, simpatia, amor, generosidade, flexibilidade e boa vontade.
Quase tudo o que o dinheiro não compra pode ser obtido com o capital social. Você recebe solidariedade de graça porque sabe ser solidário. Faz um novo amigo porque sabe ser amigo. O poder do capital social funciona em cadeia, acionando os elos na rede, pois transcende a pessoa que você conhece e com quem se dá bem. Mas aqui está uma daquelas obviedades que, às vezes, a gente conhece as artimanhas de uma pessoa, evita conviver e interagir com quem não nos inspira confiança.

Networking e Mercado de Trabalho

O networking é o meio mais eficaz de conseguir emprego ou de obter um contrato de trabalho - especialmente nos momentos de escassez ou quando o candidato possui um perfil profissional que fuja ao padrão de mercado.
Estatísticas do mercado norte-americano indicam que entre 70% e 80% das novas colocações profissionais são obtidas por intermédio do networking do candidato. Na consultoria Lens & Minarelli, o resultado é semelhante se somarmos o networking de nossos assessorados com o praticado por nossa equipe de consultores. Como muitos executivos mostram-se resistentes à adoção dessa técnica, temos de ajudá-los pondo nossa rede de relacionamentos em ação. A contribuição do networking da consultoria resulta em 35% das recolocações.
Para entender melhor em que aspectos o networking é mais eficaz, vamos fazer uma analogia entre um pescador e um profissional que procure emprego ou contrato de trabalho. Quando o rio tem muito peixe, o pescador pode usar vara de pescar e atuar sozinho. Embora esse seja um instrumento utilitário de pesca, isto é, que capta peixes um a um, o fato de haver muitos disponíveis é decisivo para uma pescaria rendosa.
Quando o pescador percebe que os peixes estão um pouco escassos, deve abandonar a vara de pescar e utilizar outro instrumento que aumente suas possibilidades de ser bem sucedido. Ele pode contar, então, com a tarrafa, aquela espécie de rede circular com peças de chumbo na borda e uma corda no centro. Ao lançar a tarrafa, o pescador cobre uma área maior, e com isso, amplia a chance de pegar algum peixe. Manejar a tarrafa já exige habilidade e força e requer a entrada na água.
Mas para completar, se os peixes estiverem ainda mais escassos, o pescador vai precisar utilizar a rede de arrasto, e isso ele não conseguirá fazer sozinho. Será necessário pedir ajuda e somar esforços com outros pescadores. Juntos, estenderão a rede, trabalhando mais depressa, com mais disposição e cobrindo uma área muito maior para pegar, às vezes, o único peixe que existe na área.
Exatamente a mesma coisa acontece com o networking na busca de recolocação no mercado de trabalho. Isoladamente, uma pessoa tem determinada quantidade de contatos, mas quando a rede humana entra em ação, as possibilidades multiplicam-se e a solução pode chegar mais depressa. É a chamada difusão por capilaridade. Divulga-se para mais pessoas e, em conseqüência, capta-se o que estiver disponível mesmo em ambiente de escassez.

Mas se você cultivar sua rede sem sentir o prazer do convívio, os relacionamentos acabarão morrendo por falta de autenticidade. Pode até caprichar, criar efeitos especiais em gestos e atitudes, mas o toque no coração vai acabar passando e deixando somente a percepção de um comportamento episódico, pitoresco e artificial. Se você é sincero e só cultiva a rede de vez em quando, o encanto também se quebrará. A arte de conviver precisa ser praticada todos os dias, e posso garantir que esse hábito reaprendido vai mudar sua vida para muito melhor.

A Técnica C.O.I.S.A

Para quem está fazendo networking em busca de um trabalho remunerado, a técnica C.O.I.S.A é especialmente recomendada, e consiste na solicitação do seguinte:

CONSELHOS
ORIENTAÇÕES
INFORMAÇÕES
SUGESTÕES
APROXIMAÇÕES

As pessoas gostam de dar conselhos e fazem isso na base da pronta entrega. Diante de um pedido, vasculham a memória e oferecem, na mesma hora, um conselho que faça sentido para atender à sua necessidade. Todo mundo sente-se bem envaidecido quando tem a oportunidade de dar um conselho. Portanto, peça conselhos para conduzir com mais segurança seu projeto de procura de emprego. Você vai receber o melhor que a pessoa tiver, e de graça.
As orientações são as informações - bússola para a solução do seu problema. Aonde devo ir? Com quem devo falar? Onde perguntar? Por onde começo?O que rende mais? O que ler? O que aprender? As pessoas lhe darão um norte para seguir.
Informações são a matéria-prima de qualquer projeto de busca de soluções. Por exemplo: você tem alguns nomes e precisa descobrir outros do mesmo setor. Quem compra isso? Quem vende aquilo?Você conhece pessoalmente Beltrano? Quem conhece Sicrano? Onde fica? Qual o telefone? Qual o site? E sugestões são indicações de procedimentos mais adequados. O que você sugere? Se estivesse em meu lugar, o que faria? Onde concentro minha busca? O que destacaria como prioridade? Embora do que você mais precise sejam as aproximações de potenciais contratantes, deixe o A da técnica do C.O.I.S.A. por último. Invista a maior parte do tempo no pedido de conselhos, orientações, informações e sugestões, pois as aproximações virão como conseqüência. Caso não surjam espontaneamente, então sim, solicite ao conhecido a possibilidade de recomendar ou facilitar algum contato com as pessoas mencionadas durante a conversa.

Pedir C.O.I.S.A., na realidade, são diversas e diferentes formas de dar estímulos as interlocutor, de ajudá-lo a ajudar você. Converse até o limite de tempo do outro e - claro - faça o assunto girar em torno de sua necessidade. Durante a prosa, preste muita atenção no que lhe interessa e, se faltarem dados, pergunte.

Toda conversa ocorre por associação. Por isso, tome a iniciativa e escolha o que vai dizer e o tema. Se falar de doença, ouvirá respostas sobre doença. Se conversar sobre emprego, vai obter informações valiosas. A conversa de networking tem sempre intencionalidade. Até o quebra-gelo já pode contribuir. Fale sobre coisas que conduzem às respostas que você foi buscar. Alguns fazem tanto blá blá blá que , quando o tempo do outro se esgota, o mais importante não foi tratado.
É impressionante como uma prosa bem conduzida pode render bons frutos. Outro ponto importante a respeito disso é saber ouvir. Faça várias perguntas para estimular o interlocutor, mas ouça mais do que fala. Muita gente precisando de ajuda fala tanto que não deixa o outro ajudá-lo com as informações de que dispõe. Para seu benefício, ouça o máximo que puder.
As possibilidades de contato em sua rede não acabam nunca, pois nos contatos há mais contatos e assim por diante. É comum em meu escritório, ao iniciar o trabalho de outplacement com um cliente, em poucos dias ele declarar solenemente ao consultor: "Pronto! Falei com todos os meus amigos, acabei meu networking". Nesse ponto, a gente percebe que ele ainda não entendeu: a rede de relacionamentos não se esgota.
Cada contato gera novos contatos, que gerarão outros tantos - indefinidamente - até que a solução do problema seja encontrada. Quem aprende o que é e para que serve a rede de relacionamentos não pára de cultivá-la nunca mais. É a chance na vida de receber e dar ajuda aos outros.
Finalmente, uma atitude muito positiva é agradecer. Sempre agradeça a um contato por qualquer ajuda prestada. No final da conversa, pergunte se pode voltar a ligar para contar o que aconteceu, quais foram os resultados advindos das informações recebidas. Dessa forma, intencionalmente, você deixa a porta aberta para mais um contato quando relatar o que conseguiu.
Se o novo encontro for pessoalmente, faça um relato mais detalhado. Caso seja por telefone, conte rapidamente o que obteve desde o contato inicial.
Depois de uma reunião, você pode até enviar, por fax ou e-mail, três ou quatro linhas dando conta dos desdobramentos obtidos e renovando o agradecimento.
Mas nesse ponto é preciso atenção: tais satisfações e agradecimentos têm de ser pertinentes e feitos com bom senso. Jamais corra o risco de parecer falso, impertinente, puxa-saco,  pegajoso. Isso só vai afastar o contato de você. O agradecimento e a gentileza devem ser espontâneos e ter a justa medida da ajuda recebida.
Se você quer continuar a obter ajuda em seu processo de recolocação profissional ou de busca de contatos, deve agradecer por qualquer C.O.I.S.A. recebida e dar satisfação do que acontecer.

José Augusto Minarelli é professor, conselheiro profissional e diretor-presidente da Lens & Minarelli Associados S/C Ltda., consultoria de outplacement, com sede em São Paulo.
  
     
  Fonte: Revista Vencer! Ano V nº55

Paradigmas do Relacionamento Interpessoal

"E por falar nisso, existe um outro fato que merece atenção. É o seguinte: um homem revela o seu caráter na maneira como lida com ninharias – pois é quando ele se descontrai. Esta, em geral, é uma boa oportunidade para observar o infinito egoísmo da natureza de um homem e a sua total falta de consideração pelos outros; e se estes defeitos se mostram nas pequenas coisas, ou simplesmente nas atitudes dele em geral, você verá que elas também fundamentam suas ações em questões importantes, embora ele possa disfarçar isso. Esta é uma oportunidade imperdível. Se nas pequenas coisas do dia-a-dia, as ninharias da vida, um homem não tem consideração e busca apenas o que lhe é vantajoso ou conveniente, em prejuízo dos direitos alheios; se ele se apropria do que pertence a todos igualmente, pode ter certeza de que no seu coração não há justiça, e ele seria um grandessíssimo salafrário se a lei e a coerção não lhe tolhessem as mãos." 
(Arthur Schopenhauer)
 



Parece que ainda há quem duvide da importância de um bom relacionamento interpessoal com os colegas de trabalho, e esta constatação chega a ser surpreendente, porque tanto as consultorias de recursos humanos quanto toda chefia em uma empresa afirmam ser este um ponto imprescindível na formação de um líder, de um executivo, do profissional do futuro. 

Estamos, portanto, diante de um dilema: se é tão importante este tal relacionamento interpessoal, como é que tantas pessoas insistem em ignorá-lo, ou torná-lo supérfluo? Este dilema é apenas aparente e, de fato, se algumas pessoas ignoram aspectos de relacionamento interpessoal é porque desconhecem a sua importância, ainda não aprenderam como praticá-lo ou deixaram de adquirir conhecimentos que o possam levar a construir um bom relacionamento.
 

No mundo profissional, como em qualquer outro círculo de relacionamentos, tudo gira em torno do poder e da habilidade política. O profissional que domina aspectos de relacionamento interpessoal domina a arte do posicionamento estratégico em uma empresa; torna-se imprescindível para a imagem da empresa; associa-se aos vencedores e escala os degraus da ascensão profissional.
 

É característico do comportamento profissional estruturar uma sociedade em torno do poder, assim como no passado a corte se reunia em torno do governante. De certa forma, aplicam-se os mesmos princípios da corte no relacionamento interpessoal, de forma que ao tratarmos de relacionamento interpessoal estamos na verdade, lidando com uma das mais primitivas manifestações do poder. Neste ponto, o relacionamento interpessoal torna-se uma característica fundamental para a sobrevivência profissional das pessoas, e pode ser o diferencial na busca por uma melhor oportunidade ou por uma promoção repentina.
 

O que fazer em momentos como este? A dúvida parece, então, se voltar para o aspecto da usabilidade – se sabemos fazer uso corretamente dos paradigmas do relacionamento interpessoal, teremos como adicionar ao nosso profissionalismo ganhos no geral. Nossa comunicação com nossos pares e nossa exposição para a chefia tornar-se-ão mais eficazes a partir de então. Entretanto, é preciso saber quais são os tais paradigmas, e porque eles podem, em não sendo utilizados, tornarem-se prejudiciais ao nosso desempenho profissional como um todo.
 

Pois bem. Aos leitores desta newsletter, vamos oferecer um guia prático de como ter um bom relacionamento interpessoal pela discussão dos paradigmas do próprio relacionamento.
 


GUIA PRÁTICO DO RELACIONAMENTO 


Paradigma 1:
 Não se exponha 
Deixe para outras pessoas a função de falar de você ou de chamar a atenção sobre o que você faz. Atrair a atenção de forma desmedida é ao mesmo tempo atrair a desconfiança e a inveja alheias. Seja modesto e atue de forma
 low profile quando o assunto for os seus próprios feitos. 


Paradigma 2:
 Aja de forma desinteressada 
Deixe seu talento fluir naturalmente, de forma que nada do que você faça pareça ter custado o esforço que realmente custou. Aja de forma a mostrar que as coisas que você faz pareçam mais simples do que na verdade o são. Ao contrário, você estará se expondo, o que contraria o
 paradigma 1. 


Paradigma 3:
 Elogie somente o necessário 
Deixe elogios para poucos e controlados momentos e, ainda assim, o faça de forma indireta (por exemplo, nunca se refira à sua própria contribuição).
 


Paradigma 4:
 Apareça moderadamente 
Uma forma de ser notado de forma moderada é adotar um estilo particularmente seu no vestir, no falar e no portar-se. Distancie-se de seus pares, formando uma imagem diferente. Não se esqueça entretanto dos
 paradigmas 1 e 2. 


Paradigma 5:
 Saiba identificar o seu espaço muito bem 
Adote um estilo e um linguajar para cada pessoa com quem você se relaciona e não caia na tentação de acreditar que todos são iguais perante a lei. Não são.
 


Paradigma 6:
 Não seja o arauto da má sorte 
Antigamente, os reis mandavam matar os portadores de más notícias porque ou acreditavam que eram eles, mensageiros, que traziam, efetivamente, a má sorte ou porque ficavam com uma raiva incontida e descontavam na primeira pessoa que viam, sempre o mensageiro. Deixe para outra pessoa esta desagradável incumbência. Somente leve boas notícias aos seus superiores. Mas atenção, não se trata de mentir, mas sim de evitar ser carimbado como uma pessoa desagradável na presença do alto escalão.
 


Paradigma 7:
 Cada macaco no seu galho 
Não se permita adotar uma postura íntima das pessoas só porque você trabalha com elas. Torne-se cordial e aberto, mas jamais íntimo. Lembre-se de que você está trabalhando.
 


Paradigma 8:
 Se for criticar, faça-o indiretamente 
Às vezes, vai ser necessário tecer alguma crítica sobre um determinado assunto ou sobre um determinado colega de trabalho. Se for criticar, o faça da forma mais indireta e polida possível. Não reclame o tempo todo do seu chefe ou dos colegas de trabalho. Honestidade em excesso é uma grande bobagem. Você não deve acreditar que as pessoas estejam tão interessados nas suas críticas, mesmo que elas tenham razão de ser.
 


Paradigma 9:
 Favorecimentos aos mais capazes 
Seu colega ganhou um bônus e você não? Seu chefe permite que seu colegas tire uma semana de descanso a mais que você? Jamais peça equiparação. Melhor do que se fazer de suplicante é mostrar que merece os favores que recebe. Entenda os seus próprios limites. A idéia, muito comum, de que fazendo mais você estará merecendo mais ou fazendo melhor é uma bobagem profissional. Economizando tempo e energia, você poderá identificar oportunidades melhores para você.
 


Paradigma 10:
 Cada um é cada um 
Jamais cite comentários sobre gosto pessoal ou aparência das pessoas, principalmente se forem coisas contadas a você. Preserve a identidade das pessoas com quem você convive no ambiente de trabalho.
 


Paradigma 11:
 Não seja sarcástico 
Sarcasmo em excesso gera uma marca indelével no profissional, e demora tempo até que as pessoas se livrem da marca. Se for necessário criticar, lembre-se do
 paradigma 8. Do contrário, adote como default o paradigma 3. 


Paradigma 12:
 Olhe-se como os outros vêem você 
Critique-se o tempo inteiro. Durante o expediente de trabalho, muitas pessoas estão observando o que você faz, o seu comportamento, os seus gestos e suas palavras. Seja seu próprio espelho e critique-se sempre.
 


Paradigma 13:
 Seja racional 
Controle suas emoções ao máximo e aprenda a chorar ou rir conforme a encomenda. Deixe a raiva disfarçada assim como a alegria. Esconda as emoções por baixo de uma aparência glacial, escondendo as emoções de seu rosto. Ninguém precisa saber o que te aborrece mais ou o que te causa mais alegria.
 


Paradigma 14:
 Use as vantagens da vanguarda 
Deixe um pouco de espaço para ser vanguarda, mas preserve o seu próprio comportamento. Fica muito à frente do seu próprio tempo pode causar incompreensão de seus atos. Fique atento ao
 paradigma 13. 


Paradigma 15:
 Leve prazer para as pessoas 
As pessoas deixam de lado ou ignoram as coisas e pessoas desagradáveis. Torne-se agradável para as pessoas e elas o procurarão e lembrarão de você. Como não se pode agradar a todos por todo o tempo, procure agir desta forma a maior parte do tempo.
 


Fonte de consulta:
 
GREENE, Robert.
 As 48 Leis do Poder. Rio de Janeiro, Editora Rocco, 2000.