quarta-feira, 7 de julho de 2010

O seu chefe mente! (melhor do que você…)



Sabe quando alguém te conta uma história mas aquilo soa estranho? Ou então por alguma razão você não engoliu aquela desculpa do seu colega por ter faltado no batizado do seu filho? Você já sentiu isso com seu chefe?
Pois é, você está percebendo dicas não verbais relacionadas a mentira. Mesmo que essa percepção não seja voluntária ou consciente, ela está lá. Seu cérebro vive procurando significado e qualquer coisa que saia um pouco do esperado… pimba! ele dá um sinal de que algo está estranho…
Um polígrafo, o famoso “detector de mentiras” funciona assim. ele busca pistas corporais muito sutis para dizer se uma pessoa está mesmo dizendo a verdade ou não.
você pode dizer- Isso eu já sei. Aprendi tudo no curso de PNL que eu fiz o ano passado.
Lamento (leia-se: eu adoro) acabar com sua alegria mas seu suado dinheirinho serviu apenas para você seguir a direção dos olhos, ficar igual a um macaquinho imitador e brincar de hipnotizador. Coisas que fora do ambiente do curso você nunca mais usou ou conseguiu reproduzir com tanta acuidade e mesmo assim continua contando vantagem pros outros sobre a mágica do rarghpport. (mas isso é história para outro post)
Estou falando de pistas realmente sutis como a quantidade de cortisol na saliva, diminuição da capacidade cognitiva, aumento da condutividade na pele, dilatação de pupilas, microexpressões, tiques de ombro, eticetera e tals.
Foi monitorando essas pistas sutis que Dana Carney, uma pesquisadora da universidade Columbia, fez uma descoberta pra lá de interessante.
A pesquisa era muito simples: Pediram aos voluntários que pagassem os salários de alguns funcionários e lhes foi orientado a pegar par si 100 dólares de cada pagamento e dizer ao funcionário que eles nada sabiam sobre a falta do valor, se a mentira fosse convincente eles poderiam ficar com o dinheiro.
Monitorando justamente as variáveis que falei antes (condutividade, cortisol, eticetera e tals), Dana concluiu que as pessoas com algum tipo de poder percebido emitiam os mesmos sinais daquelas que diziam a verdade.
Trocando em míudos: Os chefes mentem sem deixar sinais de que o fazem!
- Ah, Isso é mentira… (diria um leitor que não é chefe…)
Não. É a mais pura verdade. Quando mentimos tentamos suprimir uma série de movimentos internos emocionais e fisiológicos que acabam por detonar uma série de outras pistas que nem imaginamos que fazemos. É justamente ai que entra em cartaz as pistas não verbais, fruto de nossa tentativa de não sermos pegos na mentira.
Pelo que se viu parece que as pessoas que percebem um grau de poder sobre outras sentem menos aversão a correr riscos, como serem pegos em uma mentira por exemplo, o que os faz ficar mais a vontade e não emitir os sinais naturais de mentira. Parece que o estado “mentiroso” não os incomoda a ponto de emitirem sinais disso.
O pior não é isso. A maioria das pessoas consegue pescar uma mentira em mais ou menos 55% das vezes o que é um resultado apenas um pouco acima de um simples chute.
Ou seja, além de os chefes serem melhores na arte de mentir, nós somos piores na arte de descobrir uma mentira!!!! (já é o sexto parágrafo que termina com a palavra “mentira”)
Para descobrir se seu chefe, namorada, marido, colega de trabalho, “personau treiner” ou seja lá quem for está mentindo aguarde o próximo post. (isso pode ser uma mentira igual a do sexto parágrafo terminado em mentira…)
Você já foi pego em alguma mentira? Já pegou alguém mentindo?
Conta pra gente vaaaaiiii… Nem que seja mentira!!!

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